Usina de asfalto compromete qualidade do ar no reduto do Boi Garantido

 

Foto: Redes Sociais


O funcionamento de uma usina de asfalto no Bairro São José tem tirado a paz de quem mora na região. A fumaça gerada durante a produção do asfalto, somada ao barulho e à trepidação, tem afetado diretamente a saúde e o bem-estar da vizinhança, especialmente dos moradores do Beco Bom Samaritano, que está dentro do tradicional reduto do Boi Garantido, a Baixa do São José.

 

Segundo relatos, o problema se intensificou nos últimos dias, agravando os transtornos. Vídeos gravados no local na última quinta-feira (9) mostram a correria dos moradores após a fumaça invadir as ruas e residências da área.


 

Foto: Redes Sociais

“O fumaceiro foi tanto que ninguém conseguiu ficar aqui. Teve gente passando mal, com problemas respiratórios e irritação nos olhos. Inclusive, muita gente ainda está se sentindo mal, com agonia na garganta e no nariz — como é o caso da minha filha. Era uma fumaça forte, com cheiro de diesel. Foi horrível”, relatou a aposentada Maria de Lourdes Printes.

 

As denúncias chegaram à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, que notificou a empresa Avanço, responsável pela usina. Após a ação dos fiscais ambientais, a empresa apresentou licenças ambientais emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, autorizando o funcionamento no local. Os representantes alegaram que o episódio foi pontual, causado por uma falha na regulagem da mistura de produtos, versão contestada pelos moradores.


 

Foto: Redes Sociais

“Não é a primeira vez que isso acontece. A gente entende que são serviços para melhorar a cidade, mas está prejudicando demais quem vive aqui. O mau cheiro e o barulho ainda dá pra suportar, mas essa fumaça sufoca, principalmente crianças e idosos”, afirmou a dona de casa Geise Nara Reis.

 

Foto: Girleno Barros


Maria de Lourdes Printes também questionou a localização da usina: “A pergunta que fica é: como autorizam um negócio desses ao lado de uma área onde vivem crianças e idosos? Esse tipo de trabalho não deveria acontecer tão perto das pessoas.”


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